sábado, março 24, 2007

Perdoem-me o tamanho da letrinha do artigo mas a minha inteligência tecnológica não deu para a fazer maior.
Eu ri a bom rir com cada uma das suas alíneas.
Cada gargalhada mais alta do que a outra.
E estava eu a pensar dar continuidade ao post anterior sobre a caça e os caçadores…
É que surgiram várias controvérsias sobre o assunto, alguns homens escreveram-me como que revoltados e injustiçados, afirmando que já anda muita vampirazinha por aí traçando-os e deixando-os depois na mão.
Será vingança feminina?
Ou será que, independentemente de ser certo ou não, estamos a ficar como eles?
Bom, estava eu neste dilema, continuo, não continuo, reconheço ou não a vampirização globalizada e eis que um amigo me envia esta maravilha da nossa história.
Então e em que ficamos?
Sei lá!
Perante tal documento, acho que muitos de nós já andámos umas boas milhas e olhamos para este documento como algo pré histórico ou até uma caricatura da nossa longínqua antiga sociedade.
Por outro lado, acho que o mesmo também revela as mentalidades que ainda sobrevivem, se bem que por vezes bem ocultas, nas mentes de muitos homens e mulheres.
Fico a pensar que ainda temos muito que caminhar para nos sentirmos bem como mulheres e porque não os homens como homens.
jocas



segunda-feira, março 05, 2007

AFINAL QUEM É O CAÇADOR?



“PASSAR À CAPA
HÁ uma frase do Jules Michelet que nunca me canso de citar. «O homem caça e luta, a mulher intriga e sonha». O homem caça tudo; coelhos para o jantar ou coelhinhas para a sobremesa. E luta para ser o mais forte (…)
E quando é a mulher a caçar? Pois é, os homens não gostam. Mesmo que saibam que são as mulheres que escolhem os homens, precisam sempre de sentir que elas dão algum trabalho a apanhar. Se não tiverem de correr atrás delas, se a caça não lhes proporcionar aquela dose de adrenalina necessária para os fazer correr e suar as estopinhas, perdem o interesse com facilidade. Daí que as mulheres aprendam desde cedo a arte de os fazer passar à capa, expressão taurina de meu agrado (…)
(…)
A sedução é um jogo com regras explícitas e implícitas no qual o poder oscila entre um lado e o outro. (…) como tudo o que dá sal e pimenta à existência, tem de dar um bocadinho de luta, senão não tem graça nenhuma.
Não atender o telefone sempre que ele nos liga, não estar sempre disponível para almoçar, jantar ou para o bem-bom, não suspirar para cima dele mesmo que nos pareça o homem mais sexy do mundo são pequenos truques que ajudam a manter as relações equilibradas, sobretudo no início. E caso ele estique a corda, há que esticá-la também do lado de cá. Não é manipulação, é bom senso.
Quando um homem está mesmo interessado numa mulher, faz o que for preciso para estar com ela; atravessa países, apanha aviões, vem de barco, de bicicleta, de camelo ou de trotineta, até alcançar o seu objectivo. Passar os homens à capa, dando-lhes a entender que somos difíceis de agarrar, é uma arte feminina milenar cuja eficácia nem vale a pena discutir (…)
Há que jogar limpo, play fair.
E já agora, ter fairplay quando se perde, seja de que lado for.”


Amigas

Este é o último post da Margarida R. Pinto, no jornal O Sol, do dia 3 de Março.
Apesar de nem sempre concordar com o que ela diz, este gostei especialmente.
Ela foca muito bem a questão do jogo da sedução, em que hoje, em pleno século XXI, apesar de aparentemente sermos muito prafrentex, ousados, liberais e outros tais, na realidade as “regras” não mudaram muito.

Se queremos agarrar um homem, mesmo que seja só para dar umas curvas, a melhor estratégia ainda é a da “fuga”.
É estar morta para abraçar, beijar, amar o gajo, inundá-lo de prazer, mas ter que se controlar e fazer-se de difícil, de quem até não está assim tão interessada pelo dito cujo.
Quem não tem a astúcia de entrar nesse jogo, corre o risco de não despertar interesse, independentemente de ser uma mulher interessantíssima ou não.
Corre ainda, também o risco de ser tachada de oferecida e ou descartável, vazia.

Sim, ainda existe essa qualificação nos dias de hoje e em cabeças ainda bem “novas”.
Acho que não preciso esticar-me mais sobre isso pois vocês estão todas carecas de saber do que estou a falar.

Mas agora eu pergunto-vos porquê essas regras ainda persistem na hera da globalização, na hera dos amigos coloridos e do ficar?

Respostas devem haver às toneladas.
Mas eu gostei de uma que li no livro, do qual já vos falei anteriormente: “Por que os homens nunca ouvem nada e as mulheres não sabem ler os mapas da estrada” de Allan e Barbara Pease:

Eles explicam de uma forma muito simples que essa forma de ser masculina já vem lá da pré-história, onde o homem era o caçador…
E até hoje ele continua caçando….

E vocês que acham?

Beijos saudosos